Na Coreia do Sul, um novo critério está balançando os alicerces do sistema universitário: já não basta ter excelentes notas. Em 2025, cerca de 45 candidatos brilhantes, com históricos acadêmicos impecáveis, foram rejeitados pelas principais universidades do país, incluindo a renomada Universidade Nacional de Seul, não por falta de desempenho, mas por terem registros de bullying ou comportamento violento durante os anos escolares.
Esse movimento faz parte de uma política mais ampla de “tolerância zero” contra a violência nas escolas, anunciada pelo Ministério da Educação. A partir de 2026, a exigência será oficial em todo o país: todas as universidades sul-coreanas deverão considerar a conduta pessoal dos candidatos, como histórico disciplinar, como critério de admissão, junto com o desempenho acadêmico.
A mensagem por trás dessa mudança é forte e clara: para a próxima geração de líderes, quem você é importa mais do que as suas notas. A nova diretriz visa promover não apenas a excelência intelectual, mas também a responsabilidade social, a empatia e a integridade.
Para muitos analistas, a medida representa uma virada cultural profunda. A pressão para atingir resultados acadêmicos na Coreia do Sul é histórica, mas agora há uma cobrança maior para que esse sucesso também seja acompanhado de amadurecimento moral e respeito ao próximo.



