Pelo menos um dos funcionários demitidos por suspeita de agredir fisicamente trabalhadores na construção da fábrica em Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), é chinês. O homem terá o visto cassado e deve voltar para o país asiático.
A identidade dele, no entanto, não foi divulgada. As informações foram confirmadas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, Montagem e Manutenção Industrial de Camaçari e Região (SINDTICCC).
A categoria esteve presente, na segunda-feira (2), em uma visita técnica que contou com a presença do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), o vice-presidente sênior da montadora chinesa no Brasil, Alexandre Baldy, e a CEO da BYD nas Américas, Stella Li, além do ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT).
Blayd já havia afirmado que, caso fossem comprovadas infrações, os responsáveis teriam seus vistos cancelados e seriam obrigados a retornar para a China. “O compromisso da BYD é com o Brasil, os brasileiros e com o respeito à legislação brasileira. Não se tolerará qualquer desrespeito à dignidade humana ou às relações entre pessoas”, disse.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), disse acreditar na empresa chinesa. “Eu confio na BYD. Conversamos ontem (domingo), trouxemos tomadas e atitudes sobre o que foi denunciado. Eu confio e estarei ao lado para resolver todas as pendências ou qualquer tipo de denúncia que chegue até a gente”, afirmou.
As denúncias de irregularidades nas condições de trabalho na planta da montadora de carros BYD, em Camaçari, começaram há mais de seis meses. Em abril, as reclamações já incluíam instalações sanitárias inadequadas, ausência de refeitório e falta no fornecimento da cesta básica, vale-transporte e água potável.