A presidente da OAB-BA, Daniela Borges, primeira mulher a liderar a entidade no estado, falou sobre os desafios de sua gestão e as conquistas para a advocacia baiana.
Candidata à reeleição, Daniela destacou, em entrevista à Rádio Metrópole, as dificuldades enfrentadas, especialmente o impacto da pandemia e o déficit histórico de magistrados e servidores na justiça comum.
“Enfrentamos um desafio na prestação jurisdicional na Bahia, principalmente na justiça comum. Começamos na pandemia, com fóruns fechados e, além disso, um déficit histórico de magistrados e servidores, que ainda persiste”, afirmou Borges. Apesar das dificuldades, ela comemorou a recente nomeação de 62 magistrados e 200 servidores, destacando que, embora importantes, esses números ainda não cobrem o déficit de 4 mil servidores em todo o estado. No próximo triênio, a meta é obter mais nomeações para que ao menos um juiz atue em cada vara da Bahia.
Daniela também ressaltou os avanços na estrutura oferecida aos advogados no estado. Segundo ela, a OAB-BA investiu na criação de 240 salas de apoio em Salvador e no interior, equipadas para facilitar o trabalho dos advogados. “A OAB está chegando aonde a advocacia está”, destacou. Algumas dessas salas foram instaladas até mesmo em municípios sem fóruns, visando oferecer condições adequadas para o exercício da profissão em áreas de difícil acesso.
A presidente mencionou durante a entrevista, os desafios e mudanças trazidos pela pandemia, que acelerou o uso de tecnologias como o processo eletrônico e audiências virtuais, ampliando a acessibilidade para advogados do interior. “Demorou 12 anos para ver, por exemplo, a implantação de um processo eletrônico de forma realmente definitiva”, observou.