O delegado José Brandini Júnior, afastado da função sob suspeita de ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), tem uma fortuna milionária que inclui uma fazenda de criação de gado no interior de São Paulo. O local ainda possui plantações de milho e cana-de-açúcar.
De acordo com o site Metrópoles, Brandini ainda é dono de uma empresa de segurança privada e de outra na área de tecnologia. Todas ficam na cidade de Marília, mesma cidade onde está situada sua fazenda.
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Além das empresas e da área rural de grande porte, o policial civil é dono de um conjunto comercial em Moema, bairro nobre paulistano, onde possui uma dívida de IPTU no valor de R$ 12.507,76, conforme documento do Departamento Fiscal da Prefeitura de São Paulo.
Em novembro deste ano, o delegado foi citado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) a pagar o valor, sob o risco de ter bens penhorados. O documento chegou à caixa de correio do endereço comercial do delegado 10 dias depois. O imóvel com o IPTU atrasado está avaliado em mais de R$ 1 milhão.
De acordo com a Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim), a fazenda de Brandini é considerada de “porte demais”, que significa que o CNPJ da fazenda São José é de uma empresa que ultrapassa o limite de faturamento anual de R$ 4,8 milhões.
O valor exorbitante tiraria o local sistema de Simples Nacional, o que configuraria a necessidade de uma carga tributária maior. O Metrópoles reforçou ainda que o delegado estaria envolvido em um esquema fraudulento, envolvendo RGs, com a maior facção criminosa do Brasil.