Por mais de sete décadas, uma mulher viveu em condições análogas à escravidão, sem direito a salário, liberdade ou qualquer benefício trabalhista. Aos 85 anos, ela foi resgatada no Rio de Janeiro e agora a Justiça do Trabalho reconheceu oficialmente seu vínculo empregatício, garantindo uma indenização milionária.
Os responsáveis pela exploração, mãe e filho, foram condenados a pagar R$ 600 mil em danos morais e todas as verbas trabalhistas acumuladas desde 1967.
Durante anos, a trabalhadora foi impedida de ter controle sobre a própria vida, sendo privada de documentos e da aposentadoria dela. A decisão judicial representa um marco no combate às violações de direitos humanos no país. O caso é considerado o mais longo registro de pessoa escravizada no Brasil desde 1995.