Um estudo apontou que o fim da escala 6×1 pode causar o corte de até 18 milhões de empregos, caso não haja um aumento proporcional de produtividade. O levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) foi apresentado na última quarta-feira (16).
A pesquisa indica um risco de retração no Produto Interno Bruto (PIB) e de alta da informalidade.
A proposta que prevê o fim da tradicional escala 6×1 — seis dias de trabalho para um de descanso — é de autoria da deputada Érica Hilton (PSOL-RJ). O projeto visa uma jornada de quatro dias de trabalho por semana, com três dias de folga.
O estudo aponta que os custos operacionais das empresas aumentariam de forma significativa, comprometendo a competitividade da indústria e ampliando a informalidade — que já representa 38,3% da força de trabalho no Brasil.
A projeção mais crítica aponta para uma retração de até 16% no faturamento dos setores produtivos, o que equivale a R$ 2,9 trilhões. A massa salarial sofreria uma queda de R$ 480 bilhões, mesmo com as atuais 40 horas semanais de trabalho. As informações são da Oeste.