Em 2020, uma história curiosa e comovente chamou a atenção na Itália e repercutiu internacionalmente. Um homem de 48 anos, morador da região da Lombardia, saiu de casa após discutir com a esposa dizendo que precisava “esfriar a cabeça”. O que deveria ser uma simples caminhada acabou se transformando em uma jornada de 350 quilômetros a pé, que durou sete dias e terminou na cidade de Fano, às margens do Mar Adriático.
Durante o percurso, o homem caminhava, em média, 50 quilômetros por dia, sem planejamento, bagagem ou destino certo. Dormia em praças, paradas de estrada e sobrevivia graças à solidariedade de desconhecidos, que lhe ofereciam comida, água e abrigo. Quando foi abordado pela polícia local, aparentava estar exausto, mas tranquilo. Disse apenas que havia saído para “limpar a mente”.
O episódio aconteceu em meio ao toque de recolher imposto na Itália por causa da pandemia de COVID-19. Por ter violado as restrições de mobilidade, o homem acabou recebendo uma multa de €400. Sua esposa, que havia registrado o desaparecimento dias antes, viajou até Fano para buscá-lo, encerrando uma semana de angústia e incerteza.
A história foi noticiada por veículos como Corriere della Sera, BBC e The Guardian, e rapidamente viralizou nas redes sociais. Muitos italianos apelidaram o protagonista de “Forrest Gump italiano”, pela resistência física e pela jornada quase simbólica em busca de paz interior.



