Lei Estadual fortalece ACESB como entidade de referência na defesa da Guerra de Espadas na Bahia
Foi sancionada a Lei nº 14.919/2025, de autoria do deputado estadual Bobô, que declara a Associação Cultural dos Espadeiros de Senhor do Bonfim (ACESB) como entidade de Utilidade Pública Estadual. O reconhecimento fortalece a ACESB, reforçando seu papel como principal representante na luta pela regulamentação da Guerra de Espadas e ampliando sua capacidade de firmar parcerias, acessar políticas públicas e desenvolver projetos com respaldo institucional.
A conquista se soma à sanção da Lei Municipal nº 1.806/2025, aprovada por unanimidade pela Câmara de Vereadores, que declarou a ACESB de Utilidade Pública Municipal. Esses avanços legislativos ocorrem em meio a uma série de ações estratégicas promovidas pela entidade, que têm como foco central a regulamentação da fabricação das espadas e a legalização da prática, respeitando a segurança, a cultura e a legalidade.
Em abril, a ACESB assinou um Termo de Cooperação Técnica com os maiores fabricantes de fogos de artifício do Brasil, visando à regulamentação da fabricação das espadas, um passo fundamental para a legalização da prática da Guerra de Espadas, dentro dos parâmetros técnicos e legais exigidos pela legislação nacional. No dia 16 de maio, a entidade apresentou ao Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil e Câmara de Vereadores o plano de regulamentação, bem acolhido pelas instituições presentes, consolidando um ambiente de diálogo responsável e compromisso com a legalidade.
Além das ações em defesa da regulamentação, a entidade participa da Comissão Mista com o Curso de História da UNIVASF, que busca o reconhecimento do São João de Senhor do Bonfim como patrimônio cultural da Bahia e do Brasil. Também integra um Grupo de Trabalho com o Curso de Enfermagem da UNEB, com foco na mitigação de riscos à saúde pública.
A fabricação, comércio e queima de espadas seguem proibidas judicialmente, mas a ACESB continua empenhada em construir, com responsabilidade e diálogo, os caminhos legais para que essa tradição centenária volte a acontecer com segurança e respeito às normas vigentes.