Mesmo com perda de 18.661 postos em dezembro, a Bahia somou 84.726 novas vagas em 2024

Em dezembro de 2024, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), a Bahia eliminou 18.661 postos com carteira assinada, decorrente da diferença entre 61.748 admissões e 80.409 desligamentos. Os dados são do Ministério do Trabalho e Emprego, sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

Na Bahia, em 2024, dois meses exibiram saldo negativo: outubro, com perda de 686 postos; e dezembro, com supressão de 18.661 vagas, saldo inferior ao de dezembro de 2023 (-17.973 postos).

Com o resultado de dezembro, a Bahia passou a contar com 2.137.021 vínculos celetistas ativos, uma variação negativa de 0,87% sobre o quantitativo do mês imediatamente anterior. O município de Salvador registrou perda líquida de 4.661 postos no mês, contabilizando 665.640 vínculos, um recuo de 0,70% sobre o montante de empregos existente em novembro.

Em dezembro, quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas registraram saldo negativo de postos de trabalho celetista no estado. O segmento de Serviços (-7.034 vagas) foi o que mais eliminou vagas, seguido de Construção (-5.829 vínculos), Indústria geral (-2.959 empregos) e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-2.919 postos). O grupamento de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+80 postos) foi o único com geração líquida de postos no mês.

O Brasil computou um saldo negativo de 535.547 vagas em dezembro, enquanto o Nordeste registrou uma perda de 53.927 postos – representando recuos relativos de 1,12% e 0,67% comparativamente ao estoque do mês anterior, respectivamente. A Bahia (-0,87%), portanto, de novembro a dezembro, exibiu um encolhimento relativo do estoque de vínculos menor do que o do país e maior do que o da região nordestina.

Todas as 27 unidades federativas apontaram decrescimento do emprego celetista em dezembro. A Bahia, com 18.661 postos eliminados, exibiu a oitava maior perda de postos do país. Em termos relativos, com queda percentual de 0,87%, a unidade baiana registrou a 13ª maior variação negativa.

No Nordeste, todos os nove estados experimentaram recuo do emprego formal. Em termos absolutos, a Bahia (-18.661 postos) registrou a maior supressão líquida de vagas, seguida por Pernambuco (-10.455), Maranhão (-7.003), Ceará (-6.222), Alagoas (-3.569), Piauí (-2.717), Rio Grande do Norte (-2.617), Sergipe (-1.797) e Paraíba (-886).

Em termos relativos, o recuo da Bahia (-0,87%) foi menor apenas do que o observado no Maranhão (-1,05%). Em terceiro lugar ficou Alagoas (-0,76%), seguido por Piauí (-0,75%), Pernambuco (-0,68%), Sergipe (-0,52%), Rio Grande do Norte (-0,49%), Ceará (-0,44%) e Paraíba (-0,17%).

Geração de empregos na Bahia em 2024 superou 2023 e foi o sexto maior saldo no país

No agregado dos 12 meses de 2024, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, a Bahia preencheu 84.726 novas vagas – aumento de 4,13% em relação ao total de vínculos celetistas do começo do ano. O município de Salvador registrou 29.957 novos postos no período (variação positiva de 4,71%).

Segundo o especialista em produção de informações econômicas, sociais e geoambientais da SEI, Luiz Fernando Lobo, vale destacar que “a geração de postos de trabalho com registro em carteira na Bahia surpreendeu em 2024, visto que o saldo acumulado de janeiro a dezembro daquele ano, com quase 85 mil novos postos, superou o resultado para o ano de 2023, quando 71.102 novos vínculos empregatícios foram estabelecidos – 13.624 novos postos a mais em 2024, portanto”.

Quatro dos cinco grandes grupamentos de atividades registraram resultado positivo. O setor de Serviços (+51.324 vagas), de longe, foi o de maior saldo, seguido de Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (+20.523 empregos), Indústria geral (+11.559 vagas) e Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+2.207 empregos). O setor de Construção (-886 vínculos) registrou perda líquida de postos no ano.

O crescimento do emprego celetista também foi observado no Brasil e no Nordeste em 2024, com 1.693.673 e 330.901 novas vagas, respectivamente – significando, nessa ordem, aumentos relativos de 3,72% e 4,34% em relação ao início do ano. A Bahia (+4,13%) exibiu um crescimento relativo do emprego formal maior do que o do país e menor do que o do Nordeste no ano.

Do conjunto das 27 unidades federativas do país, todas contaram com aumento do quantitativo de empregos celetistas no acumulado de 2024. A Bahia, com 84.726 novos postos, exibiu o sexto maior saldo agregado no país. O desempenho relativo baiano, com alta de 4,13% no ano, posicionou o estado na 14ª colocação no país como um todo.

No Nordeste, a Bahia registrou o maior saldo (+84.726), seguida por Pernambuco (+62.233 postos) e Ceará (+56.231 vínculos). Em termos proporcionais, a Bahia (+4,13%) ficou na sétima posição dentro da região nordestina, atrás do Rio Grande do Norte (+6,83%), da Paraíba (+5,67%), de Sergipe (+4,81%), de Alagoas (+4,56%), de Pernambuco (+4,27%) e do Ceará (+4,15%).

A série histórica com os dados do CAGED estão disponíveis no painel do Mercado de Trabalho na plataforma do InfoVis Bahia (https://infovis.sei.ba.gov.br/).

Foto: Arissom Marinho/GOVBA

Assessoria de Comunicação Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI)
Tel.: (71) 3115-4729 / 9708-0782

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