Com investimento de R$ 36,7 milhões por parte do Fundo Amazônia, a estrutura promoverá a colaboração entre os nove países amazônicos e os nove estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal no enfrentamento de crimes ambientais, tráfico de entorpecentes, armas e pessoas.
Sediado em Manaus, o CCPI vai articular a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e as forças policiais dos nove estados da Amazônia Legal. O apoio do Fundo Amazônia à PF também abrange o programa Ouro Alvo, iniciativa para aumentar a capacidade de rastreamento da origem do ouro, combater a grilagem, a lavagem de dinheiro e outros ilícitos associados ao desmatamento.
“O Centro de Cooperação Policial Internacional que inauguramos hoje é uma iniciativa condizente com o tamanho e a importância da Amazônia. Sobrevoar a imensidão verde da floresta é dar-se conta da escala extraordinária de tudo o que diz respeito à Amazônia”, frisou Lula.
São milhões de quilômetros quadrados de extensão, milhões de metros cúbicos de água, milhões de espécies de animais e plantas e milhões de habitantes. Dessa monta são os desafios que a região enfrenta. E da mesma magnitude tem de ser nosso esforço para superá-los”, acrescentou.
O presidente destacou também que o combate ao crime organizado passa pela ampliação da presença da Polícia Federal brasileira fora do país. “Uma das consequências perversas da globalização é a articulação de grupos criminosos para além das fronteiras nacionais. Trata-se de verdadeiras multinacionais do crime, que estão embrenhadas nos órgãos públicos, nas empresas e em diversos setores da sociedade, com conexões dentro e fora do país. Por isso, ampliamos nossa rede de adidâncias da Polícia Federal para 34 postos nos cinco continentes. Agora, estaremos presentes em todos os países da América do Sul”, ressaltou.
A cerimônia contou com a participação do presidente da Colômbia, Gustavo Petro; e da vice-presidenta do Equador, María José Pinto; além do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski; da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; do Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira; do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante; e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, entre outras autoridades.
SISTEMA ESTRUTURADO – Pela primeira vez, a Amazônia contará com um sistema de segurança estruturado em ambiente moderno, equipado com tecnologia de ponta e, principalmente, formado por policiais de diferentes agências e países atuando lado a lado em um objetivo comum.
“O combate à criminalidade se faz de forma integrada do ponto de vista internacional. O governo do presidente Lula enviou um projeto de emenda constitucional ao Parlamento Brasileiro exatamente para que nós possamos fazer essa integração também no plano nacional, para que a União, os Estados e o Distrito Federal e os municípios marchem junto, trocando informações de inteligência, atuando de forma coordenada no combate ao crime organizado”, destacou Ricardo Lewandowski.



