A empresa EPC Pilar entrou com pedido de afastamento do cargo da juíza da Comarca de Jaguarari, Maria Luiza Nogueira Cavalcanti, alegando que a magistrada é portadora de uma doença degenerativa que compromete gravemente suas funções motoras. A empresa alega também que, além da coordenação motora e da fala, a baixa visão da magistrada impediria o domínio da escrita, gerando dificuldades para assinar documentos de próprio punho. O documento aponta ainda um suposto esquema de delegação indevida das funções da juíza para assessores e estagiários. Segundo o pedido, há irregularidades na atuação de um servidor que teria elaborado cerca de 100 minutas de sentenças entre junho e novembro de 2025. A solicitação também levanta indícios de favorecimento à procuradora do Município de Jaguarari, em razão de supostos laços de amizade com a magistrada. Há relatos de que processos de interesse da municipalidade ou de políticos locais receberiam tratamento prioritário. O texto cita, ainda, a tramitação célere de um pedido de alvará judicial formulado pela própria procuradora, em causa própria. A juíza e os assessores denunciados têm prazo de 15 dias para apresentarem suas defesas.



