55% dos focos de incêndio foram extintos na Operação Pantanal, afirma Marina Sena

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A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, disse nesta quarta-feira (10) que dos 54 focos de incêndio registrados no Pantanal de 1º de janeiro a 7 de julho, 30 foram extintos. Isso representa, 55% do total. A operação mobiliza 830 profissionais atuando na região, com 15 aeronaves, 15 embarcações e três bases de operação.

Segundo matéria do g1, a ministra afirma ainda que os últimos dados de queimadas indicam uma estabilização, o que, segundo ela, tem a ver com as ações conjuntas com os governadores dos estados atingidos. Marina relembrou também da medida provisória publicada pelo governo, como uma ação preventiva, para o uso de aeronaves estrangeiras no combate aos incêndios— sem a necessidade de um acordo bilateral — mas que, até agora, não “houve necessidade concreta de pedir esse reforço”.

“Dos 54 incêndios que envolvem vários focos de calor, alguns deles chegam à casa de milhares, nós conseguimos levar 30 à extinção. O fato de estarem extintos, não significa que não devem continuar sendo monitorados. A gente não para de fazer o monitoramento”, “Nós temos ainda 24 incêndios que estão ativos, dos quais 13 já estão controlados. E alguns, mais ou menos três que surgiram agora, que estamos planejando como fazer com que esses três incêndios tenham também frente de brigadas”, disse Marina.

Outros fatores como a queda na temperatura e o aumento da umidade relativa do ar também ajudaram a afastar os focos de incêndio e a fumaça que encobria Corumbá, no Mato Grosso do Sul — conhecida como a “Capital do Pantanal”. Moradores da cidade sofriam há mais de 90 dias com os impactos das queimadas.

Brigadistas

Segundo Marina, o governo pretende contratar novos brigadistas para combater incêndios no Pantanal e que por meio de uma medida provisória reduziu para 90 dias o intervalo para recontratar os agentes, o que vai facilitar o reforço nas equipes. O diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Jair Schmitt, informou que o órgão pretende ampliar de 183 para 250 o número de brigadistas no Pantanal.

Já o coordenador de Manejo Integrado do Fogo do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), João Morita, afirmou que a previsão é ampliar de 50 para 150 brigadistas na região, todos contratados pelo órgão.

A declaração da ministra do Meio Ambiente foi dada no Palácio do Planalto, onde funciona a sala de situação que monitora os incêndios no Pantanal e na Amazônia. O mecanismo, criado em junho, é coordenado pela Casa Civil e participam também os ministérios do Meio Ambiente, Integração, Defesa e Justiça.

Ao todo, 19 ministérios atuam nas ações contra desmatamento, incêndios e seca. Além da sala de situação, o governo federal também oficializou um pacto entre a união e os estados do Pantanal para cooperação entre os estados e estratégias de combate integrada.