Republicanos estaria avaliando apoiar Wagner para governo da Bahia em 2022

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Um antigo aliado pode estar de volta a base do PT na Bahia. O Republicanos teria iniciado conversas para apoiar a candidatura de Jaques Wagner ao governo da Bahia em 2022 e assim reeditar a aliança que durou entre 2006 e 2014. A informação foi inicialmente publicada pelo jornal O Globo (veja aqui) e confirmado ao Bahia Notícias por uma fonte do partido que pediu anonimato.

O partido ligado a Igreja Universal estaria negociando o apoio ao senador petista por estar insatisfeito na base do ex-prefeito de Salvador ACM Neto (DEM/UB), de quem é aliado desde 2012. Apesar de considerar que teve pouco espaço nos governos de Neto, na atual gestão de Bruno Reis (DEM/UB), a legenda ocupa a Secretaria de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), que é chefiada por Luiz Carlos, vereador mais votado no pleito do ano passado na capital baiana.

Além disso, embora as pequisas apontarem o contrário, nos cálculos dos membros da sigla, Wagner teria mais chances de vencer as eleições por conta da força dos palanques da base governista no interior, já que PP e PSD, detêm a maioria das prefeituras. O “fator Lula”, também está sendo levado em consideração, já que o ex-presidente é avaliado como um grande puxador de votos no estado.

A negociação por cargos também entraria nas conversas, mas não apenas a nível estadual. Na mesa, estariam secretarias, mas também ministérios, caso Lula vença a disputa presidencial.

Nos últimos meses, gestores de municípios baianos filiados ao Republicanos se reuniram com o governador Rui Costa (PT), a exemplo de Braulina Lima, prefeita de Aracatu, e Eraldo Félix, prefeito de Érico Cardoso. Na pauta, além da busca de investimentos para as cidades, também estava o apoio a Wagner.

Apesar de inusitada, a união não seria algo inédito. Em 2008, o atual presidente dos Republicanos na Bahia, Márcio Marinho, foi o vice na chapa encabeçada por Neto e ao mesmo tempo fazia parte da base do governo estadual, liderada por Wagner.

Procurado para comentar a possibilidade, Jaques Wagner disse ao BN que não foi procurado por ninguém do partido e nem ele os procurou. O site buscou contato com Marinho, mas não conseguiu retorno.

SAÍDA DE ROMA

A saída do ministro da Cidadania João Roma do Republicanos já é dada como certa na cúpula do partido (entenda aqui). Cotado como candidato ao Palácio de Ondina, Roma pode ir para o PL, mesma sigla que o presidente Jair Bolsonaro vai se filiar nesta terça-feira (30).

Além disso, conforme publicou O Globo, uma reunião entre dirigentes locais da sigla e o presidente do partido, o deputado federal Marcos Pereira (SP), definiu que a sigla não deve lançar candidaturas ao governo nas eleições de 2022, mas sim focar em candidaturas à Câmara dos Deputados e ao Senado, visando a distribuição do fundo eleitoral. BN