Marcius Melhem está sendo acusado por cinco mulheres de assédio sexual. Os depoimentos afirmam que o ex-chefe do Humor da Globo teria tentado agarrar e beijar à força um grupo de atrizes, além de enviar mensagens inapropriadas.
O ator nega as acusações e afirma ter saído da emissora pela “porta da frente”.
As denúncias foram reveladas pela advogada criminalista Mayra Cotta, que representou as vítimas na Justiça.
“São seis vítimas de assédio sexual e seis testemunhas. Há vítimas de assédio moral. E há um grupo de apoio a elas, de mais de 30 pessoas”, afirmou a advogada.
De acordo com o relato, o humorista utilizava o seu poder para isolar as atrizes e impedi-las de aceitar outros projetos na emissora. “Criava um ambiente de trabalho tóxico. As pessoas se sentiam presas, sem conseguir se livrar daquilo. Ele usava situações de trabalho para tentar agarrá-las à força, inclusive usando de violência”, explicou.
“Foram casos de assédio sexual mesmo. De mulheres falando não, não quero, me solta. Não vou beijar, não vou ficar com você. E ele tentando, agarrando. Não tem zona cinzenta, isso é violência. E aí tem algo muito sério. Ele era chefe delas”, afirmou Cotta, sem revelar a identidade de suas clientes.
Defesa de Marcius Melhem
Marcius Melhem negou todas as informações. “Eu coloco à disposição toda minha comunicação que tenho arquivada, com qualquer pessoa que tenha trabalhado ou se relacionado comigo nesses anos. Peço que apurem a verdade e não apoiem mentiras”, afirmou o humorista.
Ele ainda ressaltou que nunca praticou nenhuma violência, principalmente contra mulheres. “Até hoje fiquei calado porque as acusações não apareceram aqui fora. No compliance da Rede Globo, tudo foi apurado e investigado rigorosamente. Saí pela porta da frente da emissora que trabalhei por 17 anos”, continuou.
O humorista afirmou que ele é o mais interessado em esclarecer as denúncias. “Então quero que tudo seja colocado às claras, expor a minha inocência e os meus erros. Quero poder pedir desculpas e cobrar responsabilidades. Vou em busca da verdade”, afirmou.
