Andorinha: Secretário pede exoneração

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No cenário político de Andorinha, uma reviravolta inesperada deixou a cidade em polvorosa na última sexta-feira (29). O até então Secretário de Cultura, Desporto e Turismo do município, Adilberto Evangelista, protocolou seu pedido de exoneração do cargo e surpreendeu a população ao fazer um anúncio público por meio de um vídeo gravado por ele mesmo.
A decisão de Adilberto Evangelista é marcada por um rompimento político de grande impacto, já que ele anunciou sua pré-candidatura ao cargo de Prefeito, mas agora fora do grupo que o acolheu e o promoveu, indo de encontro ao atual Prefeito, Renato Brandão, e todo o grupo que o sustentou por tanto tempo. Os relatos indicam que Renato Brandão teria desempenhado um papel importante na entrada de Adilberto no Grupo do Zé Branco, um influente líder político que faleceu, deixando seu legado nas mãos de Renato, que, após sua vitória, convidou Adilberto para ser seu Secretário de Administração, uma parceria que se estendeu até o final do primeiro mandato. No segundo mandato de Renato, Adilberto passou a liderar a Secretaria de Cultura, Desporto e Turismo.
Diante desse cenário, a questão que paira sobre a cidade é: qual teria sido o real motivo do afastamento de Adilberto Evangelista? Traição política? Ambição desmedida? Discordância ideológica?
Historicamente, traições políticas têm frequentemente levado ao fracasso de candidatos e partidos. Um exemplo recente ocorreu no estado da Bahia, quando o Vice-Governador João Leão, do PP (Partido Progressista), aliou-se ao candidato de oposição ACM Neto, apostando em uma vitória fácil, mas acabou vendo Geronimo Rodrigues sair vitorioso, enfraquecendo o partido na região. Outro exemplo remonta a anos atrás, quando Gedeu Vieira traiu Jaques Wagner, virando as costas para ele durante sua campanha, apenas para testemunhar a vitória de Wagner nas eleições.
Agora, um exemplo no âmbito municipal aconteceu em Feira de Santana, onde o candidato Tarcísio Pimenta, que sucedeu José Ronaldo com o apoio deste último, também mudou de partido e se posicionou contra quem o apoiou, indo para a oposição ao próprio grupo que o elegeu, sofrendo uma derrota devastadora nas eleições.
Isso levanta uma questão crucial: será que a ambição pelo cargo é maior do que a lealdade àqueles que o favoreceu?
Enquanto a cidade de Andorinha tenta digerir esses acontecimentos, o atual Prefeito Renato Brandão deve estar se perguntando se será “picado pela cobra que ele mesmo criou”. Com a saída de Adilberto Evangelista do grupo, a situação política de Andorinha se torna ainda mais incerta. Será que o grupo político rachará, dando oportunidade para outros grupos de oposição assumirem o poder? Ou a força do atual prefeito será suficiente para manter o grupo unido contra as ameaças que se aproximam? Fica o questionamento no ar, e a cidade aguarda ansiosamente por respostas.